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Especialista ensina a detectar mentiras e fraudes nas empresas

Treinado por Israel e PF, profissional se especializou em descobrir condutas inapropriadas que as pessoas tentam esconder

Entrevistador forense usa leitura corporal para descobrir práticas ilícitas que são cometidas por funcionários

A entrevista forense é uma das principais ferramentas que as empresas dispõem para evitar processos por assédio moral, sexual e por desvios éticos e legais cometidos por seus colaboradores. Por meio de técnicas especializadas, o chamado entrevistador forense consegue descobrir práticas e condutas que muitos funcionários querem esconder. “Geralmente o entrevistador forense é chamado quando a empresa desconfia que um membro da equipe está fazendo algo errado, seja desviar materiais, promover fraudes, falsificar documentos, ou mesmo em casos de assédio, seja moral ou sexual. Nosso trabalho é identificar, por meio de conversas amistosas, toda e qualquer conduta errada. Muitas vezes somos chamados para investigar uma fraude e acabamos descobrindo uma série de outras condutas indevidas praticadas dentro da empresa”, conta o entrevistador forense e advogado especialista em assédio moral e sexual André Costa.

O advogado recebeu treinamento na Academia Israelense de Investigação, estudou as metodologias americanas de entrevistas forenses dos Instituto WZ (Wicklander Zulawski), John E. Reid Institute e Instituto Paul Ekman Group e tem treinamento em detecção de comportamentos suspeitos com a Polícia Federal. Resumindo, ele é especialista em detectar mentiras e descobrir os crimes que as pessoas tentam esconder a todo custo.

Com mais de 10 anos de atuação, Costa, que também é especialista em compliance, desenvolveu uma nova metodologia de entrevista e lançou um livro no qual revela técnicas para entrevistar pessoas, detectar mentiras e descobrir a verdade em apurações nas empresas. A obra “Entrevista Forense Corporativa” traz um método inédito de apuração de fraude, assédio e outras práticas ilícitas e antiéticas ocorridas no mundo corporativo. “A metodologia EGI (Extended Gathering Interview) foi desenvolvida por mim com base em uma visão diferente sobre o tema. Observo que, em muitas metodologias, os entrevistadores buscam explorar os temas que têm em mãos. No método EGI buscamos ampliar o leque de temas e possibilidades, inclusive englobando assuntos que desconhecemos totalmente. É preciso ampliar para conhecer e somente depois explorar”, pontua.

Prevenção de danos
O advogado afirma que esse passo a passo é essencial para uma abordagem ética e juridicamente segura dentro das corporações e, por meio dessa técnica, consegue encontrar desvios que os líderes não imaginavam ocorrer nas suas empresas. “Às vezes, vou em uma empresa cuidar de um caso de desvio de ativos e descubro um caso de assédio moral e sexual, porque não delimito o tema, amplio o leque de possibilidades antes de começar a explorar. Consigo descobrir o que aconteceu e outros problemas que têm naquela localidade, tudo isso está no livro, em forma de um passo a passo seguro e eficiente”, conta.

Além da técnica que desenvolveu, Costa usa a leitura corporal e facial para identificar mentiras ou para perceber que as pessoas estão escondendo algo. “Pessoas mentirosas contam detalhes adicionais desnecessários, tendem a ser mais exageradas, costumam adotar postura defensiva quando são confrontadas e dão sinais quando estão prestes a serem descobertas, como desviar o olhar, mexer na orelha, prolongando palavras, entre outros. Se um funcionário me diz que gosta do chefe, eu percebo na sua face, movimentos corporais, tom de voz que isso não é verdade, mas se eu disser que está mentindo ele irá ficar reativo. Então, eu pergunto em seguida o que, na visão dele, poderia melhorar na postura do líder, por exemplo. Dessa forma, não serei agressivo ao ponto de bloquear o diálogo e focarei a entrevista nos aspectos negativos que já observei em sua face e nos gestos”, explica.

“Por isso, é fundamental primeiro ampliar, mapear todo cenário possível que o entrevistado tem para depois começar a coletar, analisar o que é verdade e mentira, conseguir avançar as etapas para ter um resultado bem-sucedido, que é o máximo de informações verdadeiras com o mínimo de risco jurídico durante a abordagem”, completa.

Saiba mais sobre o livro “Entrevista Forense Corporativa” em: www.shieldcompliance.com.br/egi-entrevista-forense-corporativa

O autor André Costa é entrevistador forense e
advogado especialista em assédio moral e sexual

Escrito por Redação

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