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Divórcio humanizado: quando o respeito prevalece no final de uma relação afetiva

Artigo escrito por Danielle Corrêa, advogada especializada em Direito de Família.

(Foto extraída da Internet)

No Brasil, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a cada três casamentos, um termina em divórcio. E mais, nos últimos dez anos, o divórcio cresceu em 160%. Fica evidente que os casamentos têm durado cada vez menos e são muitas as razões que justificam estas estatísticas. Certamente, a facilitação legal, a redução da burocracia e a maior independência da mulher são fatores que contribuíram para isso.

O divórcio humanizado é uma alternativa para descomplicar o processo doloroso do fim do casamento e consiste em técnicas de mediação que beneficiam os dois lados, ainda mais se envolver filhos. O papel do advogado é fundamental para a condução do divórcio, começando pelo atendimento e a forma de administrar o processo. 

As antigas maneiras de sempre querer travar uma guerra judicial, para satisfação e vingança de cônjuges inconformados, começa a tomar outros formatos com a nova geração, que busca primeiramente o entendimento, a satisfação rápida do processo e a diminuição dos impactos negativos. Assim, fica mais fácil conciliar um acordo sem mágoas. 

Esse processo ganha uma nova roupagem, visando sempre diminuir o conflito e focar no bem-estar das pessoas envolvidas e no seu emocional. O atendimento diferenciado é fundamental, pois normalmente os clientes estão fragilizados e diante de situações complexas que exigem o máximo de atenção. Procurar compreender além das questões jurídicas do caso e os aspectos emocionais presentes em cada situação, favorece a resolução do conflito de maneira saudável para que o ex-casal continue tendo uma boa relação.

No Direito de Família mais vale o entendimento entre as partes do que qualquer sentença proferida por um terceiro (Juiz) que não entende a dinâmica específica de cada família e acaba sentenciando quase que sempre da mesma forma, sob a ótica do seu entendimento. O divórcio humanizado é um direito da família e é uma maneira de preservar as relações e o respeito, minimiza as brigas familiares e seu principal objetivo é trazer a paz para uma relação que já foi de muito amor.

Danielle Corrêa é advogada desde 2007, com pós-graduação em Direito de Família e Sucessões. Membro da OAB-SP e do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).

Escrito por Redação

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