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Núcleo de Estudos em História e Memória da EPM debate importância do patrimônio cultural do PJ

Professora Heloisa Helena da Costa foi a expositora.

O tema “Patrimônio cultural: bens materiais e imateriais do Poder Judiciário”, foi discutido nesta sexta-feira (11) no segundo encontro do Núcleo de Estudos em História e Memória, realizado on-line como extensão universitária pela Escola Paulista da Magistratura (EPM), sob a coordenação da desembargadora Luciana Almeida Prado Bresciani, conselheira da EPM e coordenadora do Museu do Tribunal de Justiça, e do juiz Carlos Alexandre Böttcher, coordenador da Rede Memojus Brasil e integrante do Comitê do Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário (Proname) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O tema foi apresentado pela professora Heloisa Helena Fernandes Gonçalves da Costa.
Na abertura dos trabalhos, o diretor da EPM, desembargador Luis Francisco Aguilar Cortez, agradeceu o trabalho dos coordenadores do Núcleo e a participação de todos, em especial do corregedor-geral da Justiça, desembargador Ricardo Mair Anafe, do conselheiro do CNJ Marcos Vinícius Jardim Rodrigues e da palestrante. “A boa acolhida dos cursos da Escola se deve ao trabalho dos coordenadores, à dedicação dos servidores e à qualidade dos palestrantes e dos participantes. Todos estão construindo uma nova fonte de conhecimento e é uma honra participar disso”, ressaltou.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça Sidnei Agostinho Beneti destacou a importância da história que se obtém por intermédio dos arquivos, lembrando que o Poder Judiciário possui um imenso acervo de informações sobre a sociedade. “As ciências às vezes se isolam, por muitos motivos, mas essa comunicação permitida pela internet certamente ajudará a construir algo novo, porque no fundo, embora as acidentalidades se dividam em torno de cada ciência, o núcleo é o mesmo, que são as categorias de regência do ser humano, os seus sentimentos mais profundos, e mesmo nos momentos mais difíceis da história sempre houve alguém que lutou para preservar o ser humano e os grandes valores da humanidade”, salientou.
O conselheiro do CNJ Marcos Vinícius Jardim Rodrigues, presidente da Comissão Permanente de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário, parabenizou os coordenadores do Núcleo pela iniciativa e recordou a edição das resoluções do CNJ 316/20, que instituiu o Dia da Memória do Poder Judiciário, comemorado no dia 10 de maio, e 324/20, que instituiu diretrizes e normas de Gestão de Memória e de Gestão Documental. “Muitos processos judiciais, muito mais do que a atuação ou o interesse das partes, são verdadeiros patrimônios históricos do Poder Judiciário e refletem a história desse país”, frisou.   
O corregedor-geral da Justiça, desembargador Ricardo Mair Anafe, parabenizou a direção da EPM e os coordenadores do Núcleo, enfatizando a importância do tema. “O estudo sobre a história e memória do Poder Judiciário nacional, em especial do Judiciário bandeirante, deveria ser matéria posta nos cursos para os juízes substitutos, para que conheçam melhor o Judiciário de seu estado”. Ele enalteceu também iniciativas como a ‘Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal Bandeirante’, criada em 2014, durante a gestão do presidente José Renato Nalini, e as visitas monitoradas virtuais ao Palácio da Justiça e ao Museu do Tribunal de Justiça, que passaram a ser promovidas neste ano. “A história do Brasil e a história do Poder Judiciário brasileiro são inseparáveis”, destacou.
Em sua exposição, Heloisa Helena da Costa apresentou o conceito ampliado de patrimônio cultural de uma nação, região ou comunidade, lançado na Declaração de Caracas, de 1992, que abrange todas as expressões materiais e espirituais que o constituem, incluindo o meio ambiente. “Os patrimônios imateriais dizem respeito ao que o nosso pensamento, o nosso sentimento e a nossa emoção os denominam como tais”, ressaltou.
Ela destacou a importância da cultura e do patrimônio histórico para a qualidade de vida da população e inclusão social. “A memória é o melhor patrimônio do ser humano, porque os documentos muitas vezes se perdem e a memória traz muito do inconsciente. E o melhor patrimônio que podemos preservar é o ser humano, que produz, transforma, aprimora e adapta a cultura e que no passado fez o que temos hoje. Tudo o que ele faz se transforma em significado”, frisou.
Também participaram do evento a juíza do TJSP Dora Aparecida Martins e a juíza federal do Rio Grande do Sul Ingrid Schroder Sliwka, palestrante do curso, entre outros magistrados e servidores do Judiciário e outros profissionais de diversos estados.

Fonte: TJSP

Escrito por Redação

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